UM DIA NO CENTRO DE TREINAMENTO DA PONTE PRETA!

maio 04, 2017

Com a final do Campeonato Paulista 2017 chegando, fomos ao Centro de Treinamento da Ponte Preta, finalista do torneio, conferir como funciona o trabalho dos jornalistas esportivos que cobrem os treinos e jogos, já que é através deles que as pessoas, e principalmente os torcedores, podem ficar informados sobre tudo o que acontece com o time do coração.



Ao chegarmos ao CT, já havia alguns jornalistas esperando para entrar. O treino estava marcado para as 16h, e foi nesse horário em ponto que os profissionais foram liberados. Assim que entramos, nos deparamos com uma espécie de tenda destinada para a imprensa onde tinha café, garrafinhas de água, pedaços de bolo e bolachas, além de um banner ao lado com o nome dos patrocinadores, local onde, provavelmente, os jogadores dão entrevistas.

Após comerem e conversarem, os jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos de diversos veículos de comunicação, foram até o campo e começaram a se posicionar para conseguir o melhor ângulo dos jogadores que já estavam fazendo o aquecimento.

Para saber mais sobre como é feita a cobertura, conversamos com alguns jornalistas sobre o assunto. Dá uma olhadinha nas respostas deles:

Como é a preparação para cobrir o treino? O que você procura para dar ênfase na matéria?

Adriana Almeida – Band Campinas:

“Eu me informo bastante sobre o assunto, mas como eu também sou editora de um programa da Band de quarenta minutos diários de esporte, de manhã eu fico na editoria. Então, quando eu venho para o treino à tarde eu já estou bem informada dos assuntos e isso é o mais importante, é você chegar aqui sabendo o que tá acontecendo. E aí para buscar pautas a mais, é sempre legal números, principalmente no esporte, então: a Ponte tem o melhor ataque, tem a pior defesa, você olha lá na tabela, aproveitamento, às vezes você faz uma regrinha de três pra conseguir alguma outra coisinha, isso aí dá pauta legal, sempre ajuda.”

Luiz Fernando Consenzo – Folha de S.Paulo

“Tem que saber o que tá acontecendo, por exemplo, nós de São Paulo que cobrimos direto Corinthians, Palmeiras, Santos e o próprio São Paulo, a gente não tem um acompanhamento específico da ponte, então quando você vai vir tem que saber quem que joga, em que posição que joga, quem vai ser desfalque, pra pelo menos ter fundamento pra perguntar, analisar. No futebol a gente vê a parte tática, como o time joga, como o time se posta em campo, tudo coisas que dão subsídios para gente vir e perguntar para o entrevistado, para o treinador. Então você tem que vir preparado porque senão você não vai ter o que perguntar e vai na dos outros e, teoricamente, sua matéria vai ser uma matéria normal.”

Paulo Augusto – EPTV Campinas

“O jornal da EPTV não é propriamente de esportes, o público alvo do nosso jornal é mulheres, um pouco mais variado de um canal esportivo, nosso jornal tem esporte no meio. Então tem que ser uma linguagem mais abrangente, não posso ter uma linguagem muito técnica de esporte, esquema tático, aquela coisa toda, então eu procuro trazer uma linguagem mais popular, informal e trazer para uma dona de casa que está assistindo, que não se interessa por futebol, eu tenho que tornar a reportagem de certa forma mais atraente pra essa pessoa. Então às vezes o cabelo de um cara diferente atrai, a chuteira, isso não quer dizer que eu não vou passar informação, então tenho que de uma certa forma no meio dessa situação passar informação ali. E nas sonoras, que são as entrevistas, às vezes eu faço uma pergunta até meio boba justamente pra tentar tirar uma resposta diferente.”


Há mudança no clima entre os treinos normais para os de uma final?

Adriana:

“Muito, muito. Primeiro porque fica muito mais cheio de imprensa, normalmente somos em quatro, cinco. Hoje, pelo menos tá mais do que dobrado, talvez até triplicado o número de profissionais trabalhando. O clima é diferente porque a torcida às vezes aparece, tem muita gente que fica atrás de saber dos ingressos, quer saber alguma informação privilegiada, num jogo normal essas coisas não acontecem. Então, tudo isso acaba esquentando esse clima assim.”

Luiz Fernando:

“Sim. Tem isso daí, acho que é a mesma coisa que os jogadores sentem, há uma mudança de ambiente, a gente tem que trazer uma história nova, principalmente porque os times de interior quase nunca chegam.”

Paulo Augusto:

“Tudo isso aqui é diferente. Vêm dois, três repórteres, uma equipe de TV às vezes, muda tudo, completamente, até o atendimento pra imprensa (risos). No geral, principalmente quando o time tá mal a coisa muda.” 

Como você lida com a cobrança da torcida?

Adriana:

 “Ah, a gente tenta ser o mais imparcial possível. É claro que, no nosso caso aqui, nosso programa é voltado para o torcedor de Campinas, de Ponte e Guarani, então, a gente procura ser imparcial, mas sempre dando um toquinho de lado campineiro na coisa.”

Luiz Fernando:

“Envolve muita paixão. Depende de como está o time. Se o time tá mal, o torcedor não vai te criticar, ou às vezes sim, mas se ele tá bem, o torcedor não aceita uma crítica.”

Paulo Augusto:

“Torcedor é apaixonado né, então, por exemplo, fui fazer Ponte e Palmeiras e a Ponte ganhou de 3 x 0, aí o torcedor falou que a nossa emissora é pé fria. Mas faz parte, torcedor é assim mesmo, pensa com o coração.”


Agora que já vimos a opinião dos jornalistas, vamos ver o outro lado. Para isso, conversamos com o lateral esquerdo Artur e o técnico do time, Gilson Kleina, para saber como é a relação deles com a imprensa:




Além dos jornalistas com quem conversamos, ainda tinham profissionais de outras emissoras por lá, olha só:


E por último, preparamos um vídeo para você acompanhar como foi o dia no CT, tanto para os jornalistas, como para os jogadores.



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Até a próxima ♥

Beatriz Pires e Gabriela Sanfins

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